Avifauna do Parque Ecológico do Tietê núcleo Engenheiro Goulart, São Paulo, SP, Brasil

Autores

  • Fábio Toledo Dores Centro de Triagem de Animais Silvestres - Parque Ecológico do Tietê
  • Lilian Sayuri Fitorra
  • Valéria da Silva Pedro
  • Luccas Guilherme Rodrigues Longo
  • Leandro Della Croce Pivotto
  • Haroldo Ryoiti Furuya
  • Bruno Sergio Simões Petri
  • Liliane Milanelo

DOI:

https://doi.org/10.4322/2359-6643.10155

Palavras-chave:

aves, conservação, fragmentos urbanos, meio ambiente, fauna

Resumo

Levantamentos de fauna são fundamentais para a elaboração de estratégias de manejo e conservação de ecossistemas. O presente trabalho teve como objetivo apresentar um levantamento qualitativo da avifauna do Parque Ecológico do Tietê, núcleo Engenheiro Goulart. Este núcleo está inserido na Área de Proteção Ambiental da Várzea do Tietê, e abrange os municípios de São Paulo e Guarulhos. O levantamento foi realizado entre fevereiro de 2008 e julho de 2020. As espécies foram registradas em transectos e pontos ao longo das trilhas pré-existentes, percorridas de forma aleatória em todas as estações do ano e em horários variáveis. Além disso, foram acrescidos registros pontuais, obtidos de forma não sistematizada em outros períodos, bem como dados secundários provenientes da literatura. Foram registradas 274 espécies de aves, distribuídas em 21 ordens e 54 famílias. As famílias mais representadas foram Thraupidae e Tyrannidae, com 11,6% das espécies cada. No total, 4,7% das espécies são migratórias neárticas. Entre as espécies registradas, 2,9% são endêmicas de Mata Atlântica e 6,2% apresentam algum grau de ameaça de extinção. O total de espécies representa 51,6% da riqueza observada para o município de São Paulo. Quanto aos habitats das espécies, 24,8% ocupam ambientes aquáticos, 23,4% bordas de mata e 18,2% áreas abertas ou capinzais. A maior riqueza observada, em relação a outros parques urbanos na cidade, está provavelmente relacionada à diversidade de ambientes, principalmente aquáticos, além da proximidade com a Serra da Cantareira e a presença do rio Tietê, que atravessa o parque, possibilitando o deslocamento de diversas espécies.

Publicado

2020-12-10

Edição

Seção

Artigo Original